sexta-feira, 12 de junho de 2009

Reprimendas descrentes

Reprimendas descrentes não bastaram. Ironias ou gozações, dizia que eram contaminações do astral, quadraturas planetárias ou energias presas. Falta de bom senso e incenso, isso é que eram.
Quando nos conhecemos, na livraria do centro, me disse que havia magia nos textos de Guimarães Rosa. Atentei. Justo ele, tão católico. Depois Flora descambou para as prateleiras esotéricas. E era tarde. Havíamos lido, juntos, às vezes abraçados, todo o Grande sertão: veredas, ouvindo música de harpa e cítara, cheirando essências e tomando chá, de artemísia ou do verde. Fomos morar no mato, mas a essa altura eu já forçava o cósmico. A gota foi quando ela me mandou desligar a internet, porque desarmonizava o ambiente, desequilibrava sabe Deus quais forças. Fechei o notebook na cara de Flora, e fui procurar outro sinal de wireless.

Um comentário:

  1. haahahah
    engraçado.
    mas sabe q eu tenho essas coisas de desligar tudo q é eletrico no quarto antes de dormir.. pc, tudo... celular..
    aprecie com moderação, é meu lema.
    abs.
    Ariel

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