Bebia e se apaixonava, ambos um pouco demais. Após o velório e o enterro do tio, pensou em matar a tia recém enviuvada, na esperança de que o moço loiro da funerária retornasse, com aquele olhar de peixe morto. Com ele iria até o final da vida, pensou entre outro gole, antes de conhecer o novo porteiro do prédio.
Por sorte não cumpria essas maldades da paixão, deixou viva a tia, que era quem lhe curava as ressacas do fígado e da alma, com conselhos e sal de fruta. Sós, sem o tio provedor, viviam juntas e inadimplentes, à beira do despejo, no sala e quarto periférico. Dois anos foi o tempo. O oficial de justiça bateu na porta, com a sentença definitiva: a rua.
Ao ver aquele jovem moreno, de gravata listrada, ela pediu que esperasse um pouquinho. Vestiu a camisola amarela, pediu à tia o conhaque e dois copos, colocou no toca-CDs “Besame mucho”, e ordenou que ele entrasse, sem derradeiras pressas.
Por sorte não cumpria essas maldades da paixão, deixou viva a tia, que era quem lhe curava as ressacas do fígado e da alma, com conselhos e sal de fruta. Sós, sem o tio provedor, viviam juntas e inadimplentes, à beira do despejo, no sala e quarto periférico. Dois anos foi o tempo. O oficial de justiça bateu na porta, com a sentença definitiva: a rua.
Ao ver aquele jovem moreno, de gravata listrada, ela pediu que esperasse um pouquinho. Vestiu a camisola amarela, pediu à tia o conhaque e dois copos, colocou no toca-CDs “Besame mucho”, e ordenou que ele entrasse, sem derradeiras pressas.
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