Fez tanta sala para a vida, que acabou perdendo a pose. Sem varanda e sem cozinha, sentia-se marcada por Deus com o sinal das grandes predestinadas, enquanto descia flagelada às grutas da vileza humana. Meio madame, meio Almodóvar em preto e branco, se casou com o dono da enorme escola particular, para retomar glórias e shoppings.
A ação sempre afasta o mau sentimento, e se sentiu bem, chacoalhando as cadeiras nas camas e mesas dos ricos do lugar. Pilotou banquetes, saboreou empregados, pariu herdeiros. Sorridente e desbocada: - A vida é um lingerie vermelho.
No afã de uma nova jóia, ajoelhou-se ao colo do marido ordinário e esperou o tapa: - Já te dei um carro essa semana...
sábado, 6 de junho de 2009
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Muito bom, Alaor.
ResponderExcluirJá disse que gosto do seu estilo.
Abraços.
Sensacional.Sensacional
ResponderExcluirVi tanta gente assim...imagino os sacrifícios ou alegrias, nem sei julgar...
Cintia Thome