Estudou o onanismo em lugar do humanismo. Como em quase tudo na vida, confundiu-se relapso, mas relaxou e, por conseqüência óbvia, gozou.
Ouvira dizer que o humanismo seria a fonte de sua salvação e prazer nessa vida, no entanto descobriu rápido que havia diversos significados para o termo, que iam desde o interesse dos sábios do renascimento pelos textos clássicos, em detrimento da escolástica medieval, até o positivismo comtiano. Preferiu algo mais rápido e objetivo para sua satisfação. A ler Petrarca, Rabelais ou Thomas Morus, conheceu Carmela, a bela. Conhecer é modo de dizer, na verdade incorporou-a aos pensamentos, quando começaram trabalhar juntos na lanchonete. Aquelas coxas roliças, os lábios carnudos, nádegas empinadas e olhar matreiro o fizeram se fazer de sabido. No primeiro intervalo para o café, dirigiu-se a ela, de boca cheia: “sou onanista!”. A moça encarou-o, séria, mas logo afrouxou seus sentimentos: “sei fazer coisa melhor!”.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
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Bom dia, meu caro! O dia começa com suas crônicas e ganha novo sabor. Você está cada vez mais cada vez mais... Eu que não "proseio" nada, roubo daqui para o proseares.
ResponderExcluirBeijo.