sábado, 2 de outubro de 2010

Deu pra épico

Deu pra épico, depois da homérica cachaçada. Que deus provoca a ressaca? Foi o ápice da reflexão altaneira. Seria Hera, dos alvos braços? Mas o nome dela era Josicleide Kelly. Quem sabe Febo Apolo, irado com a falta de sacrifício? Mas a maldita gordura de carneiro na brasa era o que lhe estocava a bílis. O impoluto e velho, vizinho adivinho, pareceu vociferar Homero ao seu pé de ouvido: - Homem voraz, vestido de vergonha, como irá qualquer um obedecer de boa vontade tuas ordens? Mas nem Zeus nem os seus; nem ungüentos reparadores de fígado ou alívios efervescentes, foram capazes de lhe revelar a égide, aqui na Terra ou no Olimpo. Sem harpa ou Ilíada que desse liga, optou pelo indicador certeiro, de inspiração usual. E levou tal dedo até o fundo da garganta, na ânsia de deleitar-se, após os trovões.

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