segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Verve musical

Verve musical... verve musical... se assobiasse o “Parabéns” ela era capaz de desafinar! Mas insistia em se apresentar como flautista. Já ouviu? Coitados do Altamiro Carrilho, do Paul Horn, Jean-Pierre Rampal, James Galway, Alain Mariondo, Mauro Senise, Pixinguinha, Celso Woltzenlogel, Danilo Caymmi... Se ouvissem aquilo mudariam de instrumento, para a gaita de fole. Talvez Hamelin, que é inventado, pudesse se equiparar a ela, como a própria se inventou.
Convidou a turma para ir a casa dela assistir seu concerto. Carecia conserto. Não que se rejeite um convite, mas ouvido também tem limite. Isso não se faz, Arnesto. Pois não é que a bruxa lascou “Brasileirinho”? Foi a própria representação do povo no diminutivo: pobre, capenga e tropeçado. No fundo o que deu foi uma raiva pândega. Só rindo da ousadia! À boca pequena, quase soprado, um olhava para o outro e pensava num lugar apropriado para ela enfiar a flauta, e bem que poderia ser na transversal, pra coisa saber que com música não se brinca!

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