Então fariam parte da repetição diária dos conselhos. Ventríloquos da seita que pregava a abundância sobre um roto tapete persa. A contribuição dos consulentes seria módica, quase insignificante, mas semanal: às sextas-feiras, das oito da manhã às seis da tarde, com intervalo de hora e meia para o almoço. O ritual era esse. Cada fiel que entrasse ouviria um breve mantra: dois minutos. Abaixaria os ombros e receberia três micro-croques no cocuruto: 9 segundos. Mentalizaria o desejo imediato: 30 segundos. As luzes se apagariam, para o mínimo de visibilidade mútua, e viria o aviso: troque o duvidoso pelo certo: 15 segundos, incluídas as vinhetas de abertura e encerramento. E a libertação: volte para o seu trabalho e produza.
Começaram bem. A fidelização dos fiéis chegava a 87%, o que lhes garantiria uma retirada de 3% sobre a receita dos donativos. Que passaria a 4%, caso atingissem a marca dos 90% de retorno. Mas, tanta metamorfose, os deixaram irreconhecíveis. Quando alardearam que eram, já, o próprio Deus, o pastor-gerente os demitiu, por justa causa.
Começaram bem. A fidelização dos fiéis chegava a 87%, o que lhes garantiria uma retirada de 3% sobre a receita dos donativos. Que passaria a 4%, caso atingissem a marca dos 90% de retorno. Mas, tanta metamorfose, os deixaram irreconhecíveis. Quando alardearam que eram, já, o próprio Deus, o pastor-gerente os demitiu, por justa causa.
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