quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Nesse estado

Nesse estado ele pode ser levado pelas águas. Não convém sair assim. O barco é pequeno, não tem recursos extras, nem piloto automático, né? Ele balança como as pontas dos coqueiros em dia de tempestade. Por muito menos já houve naufrágios históricos. Aquele com o Nino, pertinho do ancoradouro. Mesmo motivo. A escuna bateu sem dó na lancha do doutor Aristides. O netinho dele, loirinho-loirinho, morreu na hora.
Água é o tipo da coisa que em grandes quantidades promove um prazer bem menor do que em pequenas: melhor beber do que se afogar. As ondas parecem que mudam, feito as ofertas das Casas Bahia. Uma, duas, quinze vezes. Todos os esforços contrários, quando o rumo é o mal, dão impressão de atrair para um abismo.
No estado do Pepo ele deveria dormir na areia. Ninguém bebe treze copos de cachaça e se põe a navegar. Nem por precisão.

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