Alta libidinagem e baixa estima conduziam as mãos eróticas do Velho Par, como era conhecido na cidade. Com o braço tonto sobre o ombro da “deusa”, deixava entrar a mão boba sob a blusa de R$ 9,99, acariciando-lhe os seios firmes e volumosos. Beijava-lhe o rosto, lascivo, deslizando a língua no entorno do colar de R$ 6,50. Descia a mão às nádegas, e apertava-lhe seguro o glúteo direito, sob o minúsculo short de R$ 15,90. Para deleite dos voyeurs presentes, que firmavam pactos de risos e desdém, puxava-lhe a calcinha rosa de R$ 2,90, aproximando-a do umbigo desnudo. Ajoelhava-se, e corria os lábios sobre as coxas bem delineadas e roliças. Beija-lhe os joelhos, as meias soquetes, de R$ 3,10, e a sandália vermelha, a apenas R$ 20,00.
Expectadores fotografavam, filmavam ou simplesmente apontavam. O Velho Par, sempre bêbado, era uma atração à parte na vitrine frontal das Lojas Bremer, quando adentrava sorrateiro o reduzido espaço, e se punha a namorar a manequim de fibra de vidro.
Expectadores fotografavam, filmavam ou simplesmente apontavam. O Velho Par, sempre bêbado, era uma atração à parte na vitrine frontal das Lojas Bremer, quando adentrava sorrateiro o reduzido espaço, e se punha a namorar a manequim de fibra de vidro.
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