Filha de Maria, Lauzina morava na viela paralela à paróquia, via de mão dupla, “no rumo da imagem do Sagrado”, gostava de explicar. E se benzia. Disfarçara-se de menino, na infância, com o único intuito de tocar o sininho, na função de coroinha. Travestira-se de mocinho, na adolescência, apenas para ser aceita no seminário, e “entender com profundidade as mensagens que Deus só revelava aos homens, futuros padres”. Descoberta, foi expulsa pelo senhor reitor, mas não chegou à excomunhão, pelos motivos nobres da fé com os quais explicou sua intenção. Jovem senhora, adotou um hitleriano bigodinho postiço, cabelo curto repartido de lado e terno preto. Performaticou seu ingresso na Opus Dei. Os traços fortes e o corpo rude ajudaram no novo disfarce, desmascarado apenas quando teve que se imolar com o cilício à frente dos membros. Não havia membro em Lauzina.
Desistiu da profundidade na hierarquia católica. Seria, enfim, o que poderia ser uma mulher, que nunca se dispôs a ser freira. Decisão própria. Depois, sempre tivera uma queda por Maria. Com todo o respeito.
Desistiu da profundidade na hierarquia católica. Seria, enfim, o que poderia ser uma mulher, que nunca se dispôs a ser freira. Decisão própria. Depois, sempre tivera uma queda por Maria. Com todo o respeito.
Cara, muito bom mesmo.
ResponderExcluirMas tem algo mais indisfarçável em uma mulher, a TPM
=*