terça-feira, 25 de maio de 2010

Hilária a Laura


Hilária a Laura. Meio humanista maldita, meio comuna-society. Tem têmporas dialéticas, a doidivana. Cérebro em curto, que tanto pode levá-la à mistura da Lei de Newton com os peitos das inimigas das quais fala mal (“tanto as maçãs como tais peitos caem”); quanto ao romance arrebatador entre as luzes traseiras de freio e o motociclista distraído, que vinha logo atrás.
Parece loucura, mas é Laura. Habitante do pico mais elevado na topografia do purgatório. Nem se pode pensá-la má. Boa, também não se pode. Laura é a lança de Dom Quixote, que atinge antes os moinhos das pradarias das noites. Perpassa nexos e orelhas dos imprudentes que a abordam sérios, para um papo ou uma cantada. Ira de Deus e do diabo, a Laura. Mas não perde um culto, nas manhãs sonolentas de domingo.

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