domingo, 25 de abril de 2010

Suou angustiado

Suou angustiado. Seria um Marlon Brando sóbrio, não fosse a eterna insegurança: “quem haverá de me levar a sério agora?”. Mas haveria de superar essa prenhez da imaginação. Não era, afinal, tão marcado assim pelo incidente com as duas criancinhas. Seria, já, uma antiga obviedade mundana, prevista inclusive pela Lei de Newton: todas as maçãs caem, assim como as crianças travessas avessas aos conselhos. Avisou Carlinhos, naquele dia, sobre a mureta equívoca. “Foi mal” alterar seu alter-ego furioso, que provocou aquele grito censor: “desce daí, capeta”. No mundo da lua, o moleque estúpido ainda apertou a mão de Joaninha, antes de despencar daquela altura. Ele levou-a. “Eu avisei” engoliu antes de dizer. P, u, t, a, c, a, g, a, d, a, pensou lento, como se narrasse um pôquer perdido com milhões em aposta sobre a mesa. Então, aquela poça de sangue, lá embaixo, não deixava sopros para nenhuma vida. Consumatum est.

Nenhum comentário:

Postar um comentário