terça-feira, 13 de abril de 2010

Será o Benedito?

Será o Benedito? Disse a mãe para reclamar. Não para perguntar nada. Aqui é que a porca torce o rabo, pensei, então pensando nela e tentando descobrir quem será o Benedito? Algum santo-do-pau-oco? Um gato por lebre?
Atílio era assim, gostava de colecionar dizeres populares, quase sempre os organizando em frases, idéias ou histórias. Logo foi esculachado pelos meninos da turma “A”, que tinham o hábito de colecionar roupas a tratar de ditados ou provérbios. Mas não havia escarnecimento que o desmotivava. Quem desdenha quem comprar, mitigava de si para si próprio. Houve o dia, porém, que Belinha estava entre os colecionadores. E Atílio, você sabe, se desmancha por Belinha, mas: - O seguro morreu de velho! Essa macaca que fique lá, no galho dela! Pensou, sem a certeza de não beber daquela água. E num rompante de ciúme e excitação mordeu os lábios, arrastou Belinha para junto de si e da ocasião se fez ladrão sem pressa, com perfeição.

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