quarta-feira, 7 de abril de 2010

A sala muda

A sala muda de lugar. Muda. É a aparência apenas, bem sei depois dos goles dessa bebida doce. O luminoso de frente insiste em lembrar que não estou em casa, piscando Hotel Princesa, Hotel Princesa.
Há um bulir de sombras-coisas. Mexer de visões desconhecidas, inventadas? Teso no horizonte só o escuro do céu que suponho, entre clarões do Hotel Princesa, Hotel Princesa. A ironia é vermelha, se a liberdade for mesmo rosa. Horas aqui, úmidas raivas. Parece poesia essa expectativa de um sentido para a vida sob esse pisca-pisca. Bebo outra dose, quem sabe para aproximar fantasmas dessa solidão sem mérito. Jurei para aquela víbora que não voltaria mais. Fico nesse claro-escuro, nem que seja por pirraça.

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