segunda-feira, 5 de abril de 2010

Bricoleur de desavenças

Bricoleur de desavenças, carregava em si os fragmentos de uma desfeita à vizinha “fumante”, de outra ofensa ao motorista “desatento” do ônibus coletivo e um insulto barato ao “lento” porteiro do edifício. Pouco, perto do potencial tenso de Geraldina, porque representava apenas uma parte ínfima de seu dia: o trajeto de casa ao trabalho. Ela ainda haveria de injuriar, desonrar, difamar e causar dano ou estrago a muita gente naquele dia que começava, se entre o mal e o anoitecer não houvesse o Vasconcelos. Bom de causar ira, Vasco deixou barata a verborragia de Geraldina sobre seu gesto “pateta” de apanhar um copo com água para a secretária de empresa. Não ligou quando Geraldina o chamou de “idiota” por apanhar os clipes que encontrava no chão, ou de “mané”, quando abaixou o volume do rádio para que os clientes pudessem conversar. Após o almoço, presenteou a encrenqueira com um quebra-cabeça de 10 mil peças... “Serviço” para mais de três dias úteis.

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