O conferencista quase sempre era um catedrático da universidade pública da área de humanas. Segundo ou terceiro escalão, mas com a pose de primeiro. Como pouco lia, quase não publicava e tinha uma contribuição nula à ciência, falava aos seus, ali reunidos.
- Uma flor, professor?
- Penúria! Dizia com sapiência aos poros, ante o olhar admirado e encantado da platéia, que tomava chá e absinto, porque tinham a ver com aqueles momentos. Os encontros poderiam compor o currículo Lattes de todos, não fosse um coveiro ignorante acabar com a magia do evento: - “Olha aqui, sem autorização da Prefeitura não vou mais deixar vocês ficarem aí, zumbizando”.
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