domingo, 14 de março de 2010

Pedi caipirinha

Pedi caipirinha e me distrai contemplando o copo, o mexedor, o canudo dessa metáfora do Brasil. Cachaça, limão taiti, açúcar e água congelada. Dá pra alegrar milhões, com a simpática mistura patriótica.
Depois vem um todo difuso, de sílabas soltas ou amalgamadas à lerdeza indolente das frases pouco apropriadas, de recompensa – sabe Deus por quê. Arte de ser oportuno ou impropriedade dos gestos? Como compartilhar o incompatível? A morte ou a merda, são desfrutes individuais: morro ou cago sozinho! Outro gole e um olhar ao verde da casca de limão partido. Estalo no palato, siberianamente gelado, expia os males.

Nenhum comentário:

Postar um comentário