sexta-feira, 10 de julho de 2009

Surgia e desaparecia

Surgia e desaparecia. Virou uma seqüência esse vir e ir. Pensei que não poderia fazer nada de mau, por ser uma pessoa boa.
No começo, era um relaxamento. Ansioso, é verdade, mas me absolvia da solidão. Genilda brilhava na minha vida. Genilda desaparecia, opaca. As imagens de Genilda perseguiam-se umas às outras. Meu comedimento e ponderação hoje explicam: era eu mesmo quem cultivava Genilda, pena que, às vezes, no plural.
Genilda que chegava era um amor. Genilda que partia dava raiva. Eu passei a ficar desolado com a Genilda que ia. Cada qual quer arrumar o mundo do seu jeito, e eu queria apenas aquela, a que vinha.
O médico me diz que nunca houve uma Genilda simpática a mim. Ingênuo. Essa, sem querer, pensando ser a outra, foi em quem eu disparei aqueles quatro tiros. A outra... bom, a outra já tinha ido embora mesmo.

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