Contrário às certezas absolutas, tinha-as obsoletas. Jurava que o homem não fora à Lua, que girafa não existia, Luiz Gonzaga não era o Rei do Baião e dragão, dragão mesmo, só havia na China, muito antigamente. Chegou a apostar uma jóia com o compadre Jacinto, o LP “Detalhes”, de Roberto Carlos, dizendo que Elvis Presley não morreu. Vivia, segundo afirmava, numa ilha paradisíaca na Oceania. Ninguém ganhou a aposta, porque dados como causa mortis, velório, enterro e túmulo em Graceland, não comprovavam nada.
Perdeu-se do juízo quando Rosalina, mulata faceira que lhe encantava por parcos vinte reais, afirmou-lhe que não haveria brincadeiras naquele dia marcado, estava grávida. Honesta, confessou que o futuro rebento não seria seu filho, dada a rotatividade de encantos que distribuía na cidade. Ignorando as feições mestiças, as letrinhas do teste de DNA ou as más línguas do povo da terra, ele foi ao cartório e registrou seu “filho”, com sobrenome e tudo. Vive de amores com a criança, que desde logo aprendeu a não confiar nas certezas desse mundo.
Perdeu-se do juízo quando Rosalina, mulata faceira que lhe encantava por parcos vinte reais, afirmou-lhe que não haveria brincadeiras naquele dia marcado, estava grávida. Honesta, confessou que o futuro rebento não seria seu filho, dada a rotatividade de encantos que distribuía na cidade. Ignorando as feições mestiças, as letrinhas do teste de DNA ou as más línguas do povo da terra, ele foi ao cartório e registrou seu “filho”, com sobrenome e tudo. Vive de amores com a criança, que desde logo aprendeu a não confiar nas certezas desse mundo.
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