Nunca aceitou, nem deixou, a vida fácil. Idalícia era difícil. Dava, mas era uma hora isso, uma hora aquilo. Sem distinguir sua vocação da presunção que tinha, sabia que aquelas quatro horas diárias de trottoir e turbação eram quatro doze avos de sua vida consciente. Justo ela, dona de mais desdém do que realmente sentia.
Um desses boatos perversos, que acertam na mosca, ainda que a mosca sequer apareça a voar por perto, logo deu conta de que amigas a chamavam pelas costas de Dali Celú, uma maledicente analogia disposta a dar-lhe celulites, embora já às possuísse.
Reencontro matinal no pensionato, hora dos regressos da noite, é sempre o momento dos pratos limpos. Mas Idalícia não tomou providências outras a quem lhe chamara Celú. Mandou as outras tomarem...
sexta-feira, 29 de maio de 2009
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