Está pálido o Josepe. Vive num mundo que esqueceram de guardar. E como pode ser ateu e ainda dizer “meu Deus”, toda vez que lhe perguntam como vai? Só o choro dele fica no quarto da pensão. Sai a esmo e volta ao acaso.
Dizem que o dinheiro dele foi herança, mas que ele tem esse talento especial de se dizer um grande talento, isso tem. Nunca o decifrei como um lascivo, desses que, com seus problemas, suam nas mãos e coram com facilidade. Deve ser puro exotismo.
Incomoda-me um pouco o jeito como ele olha para o retrato da finada Ana Geovana. Contam que vieram juntos no navio europeu, mas nunca li um conto escrito por ele que lembrasse o espírito dela. Todos falam de paixões perdidas, assassinatos passionais, amantes mortas, essas coisas...
domingo, 24 de maio de 2009
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