sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Era Maria

Era Maria Caxuxa, Ana Banana, Zé Capilé. Nomes de farras, leves acintes. Nem maldade, pecha ou piedade; só falas traquinas por respostas tortas. Então, fingidas raivas, que mansas voltavam. Meio aos ecos por mal nenhum. Um tempo havia onde vozes existiam no espaço das coisas. Época artesã. Manhã das gentes. “Quem escondeu, escondeu. Quem não escondeu, lá vou eu!”. Por trás não se bate ou briga. No chão, não se agride outrem. O nome da ética era não vale. Da confiança, combinado. Do respeito, sim, senhor. E quando origens, quase virgens, põem a memória para dormir com leite quente, canela e açúcar queimado, o presente a acorda ao despertador estridente: a última nostalgia que chegar é mulher do padre!

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