terça-feira, 7 de setembro de 2010

Desceu outra chávena

Desceu outra chávena de vinho prosecco e a tilintou com a taça Jurandir. Era assim a Isabel, só prosecco em chávena, entre outras excentricidades, que por suposto visavam compensar sua extrema feiúra. Um provável desvio na coluna deixavam-na de peito empinado, andar arrogante e um certo ar de sabichona, característico dos não são muito inteligentes. O ex-marido já havia sido mandado nas últimas para um hospital, onde o que lhe restou foi morrer em paz, que, aliás, foi o que fez. Agora Isabel almejava a alma de Jurandir, outro tonto aos seus caprichos. Fez com que ele profanasse amizades, encurtasse a visão de mundo e aderisse ao bel prazer das fascinantes fantasias consumistas. Depois, que mudasse de casta, que era a visão de Isabel sobre os outros: todos que não tivessem um dia nascidos ricos. Então, do trabalho de Jurandir, manteve sua pose e a chávena constantemente repleta de prosecco. Buscando, quem sabe, o dia em a morte os separasse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário