sexta-feira, 11 de junho de 2010

Tentaria não ser

Tentaria não ser perfeito, mas até pra te dizer isso, Cleide, já penso que poderia cometer um “gerundismo”: estar errando! Então, ficarei indiferente, como o resto do cosmo quando chove somente aqui sobre a minha casa. Não posso dizer ao Adalberto o que você quer que eu diga. Eu vi, Cleide, era você mesma! Toda apaixonada e cheia dos dengos com o Fabrício. Então essa mulher não existe? Acaba de ser inventada por mim? Eu não me perdoaria nunca, e o Adalberto, então... Ele anda uma onça, Cleidinha. Agora, você me conhece, não consigo ficar bravo nem quando todo mundo esbanja espuma pela boca. A outra coisa que não consigo é praticar impostura, matraquear falsidades. Vá lá você. Entenda-se com ele. Adalberto, quando manso, é muito bom. A única coisa pela qual sinto ódio mortal é o esquecimento. Eu não esqueço, Cleide. Mas sossegue, posso até não falar nada. Assim não me traio. Afinal, se alguém aqui fez isso, não fui eu.

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