quinta-feira, 16 de abril de 2009

Já não te vejo

Já não te vejo mais com tesão, Edicleusa. Você agora vai entrar pra lixeira de minhas lembranças. Vai ficar lá, junto com a canção, você não soube me amar. Com o jiló amargo e mal cozido. Vai ser comida pelo pac-man do atari. Vibrar com Isto é Pelé. Ouvir o Odair com pare de tomar a pílula. Tem também Farofa-fá, não se vá, eu sou rebelde. Escrever errado Emílio Garrastazu Médici e ficar pra exame em história por causa disso. Rebolar nos trejeitos do Travolta. Tuc-tuncar Lady Zu. Se lambuzar na imperecível maçã do amor vermelha-açúcar, dura feito pedra. Sentir o chulé dos sapatos cavalo-de-ferro. Rir do Chapolin. Chorar com cara de songa da Regina Duarte. Canalha, você mal conhece meu desprezo. Minha lixeira é vasta e eclética. Se ameaçar escapar isco o Fuleiro em você. Ele é mau e vira-latas. Ele também está lá, com seus pelos eriçados de raiva, o latido e um mau humor de nascença.
E nem arrisque voltar, porque se me der na telha deleto tudo, com a velha garrucha de caçar paturis...

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