Cordata até dizer chega, urdiu causas e efeitos para dizer não a Dorival. Foi antes de se aproximar de Galdino e encher as duas taças, para o brinde da vitória. A vista fixa nos olhos do confidente tinha formas luminosas e vagas, arremetidas de encanto.
Não quis, sabe? Dorival é bom. Depois de me amar demais, deu pra idolatria. Minha deusa pra cá, santa doce pra lá, rainha dos dotes e ia. Foi até minha ambrosia, meu poço de tesão e outros nomes que eu tenho vergonha de contar. Muito arremedo de galã de cinema, antes de ficar metido a ator pornô, cheio de suposições e posições. Foi não dando. Não dando, não dando, não dando até que cheguei aonde cheguei. Muita transcendência para uma mulher como eu, de carne e osso.
Vi você naquele flat e pensei, no intervalo do rosário que eu rezava, esse aí será o meu mistério gozoso, meu deus de penteadeira, meu másculo fugaz. Entendeu, então, o porquê disso tudo, meu alazão de trote?
terça-feira, 14 de abril de 2009
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