De tanto ser comedido só comeu Dida quando ela esfregou-lhe o delicado pé esquerdo no peito, e ameaçou-lhe dar-lhe com o direito na bunda, para sempre.
Prisioneiro enfeitiçado pelos encantos da moça, deu pra sentir ciúme do seu pé esquerdo. Com o cérebro mais vazio do que quarto de hospício, imaginava aqueles dedinhos com as unhas pintadas de vermelho roçando outros peitos. Como um jovem animal que interrompe sua brincadeira para se certificar de que o dono está olhando, lascou-lhe um beijo no dedão. Dida estremeceu. Aquilo era como um desses pensamentos que só aparecem quando já não os esperamos mais. Ela exalou fetiches, ele recolheu a língua. Pediu desculpa, clemência, benevolência, indulgência, algo dramático, teatral.
Dida vestiu a sandália e soltou o prometido pé direito...
sexta-feira, 24 de abril de 2009
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Dida é mara!
ResponderExcluirMas Alaor é mais!
Shabat Shalom, meu rei!