Dizem que não há cinismo em minha cara. E quem sou eu para contradizê-los? Conheci Paulão quando ainda amava Beth. Depois do pé na bunda, se casou com Paula. Linda, sensual e atrevida. Eu nem reparava. O mal foram as viagens de Paulão. Dias naquele carro, batendo de cidade em cidade, de botique em botique, de dona-de-botique em dona-de-botique. Paula pediu arrego, eu a acolhi. Tudo no bom, no ótimo, no excelente sentido, que fique claro. Paulão voltava, ela mudava. Paulão partia, ela aparecia.
Amigos comuns dizem que Paula anda avoada. Concordo, displicente e relapso. Conhecidos antigos acham que ela já não ama mais Paulão. Faço cara de sabe Deus. A família insinua uma traição a Paulão. Bato o pé, que não acredito. Os vizinhos olham-na enviesados. Olho firme, na cara deles. Quem não deve não teme.
Mas, na próxima semana, Paulão sai na segunda, para a região de Piracicaba. Na terça, à noite, Paula quer porque quer conhecer um forró. Vamos. Lá, apenas daremos as mãos e dançaremos. Dos males, o menor.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
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Oi!!!!
ResponderExcluirTudo bem?
Estava precisando mesmo ler algumas coisas cretinas!! Seu blog veio a calhar!!!!
Grande beijo,
Beto Campinas City