sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Trombeta aberta

Trombeta aberta. Perdera a inocência infantil em aceitar um presente, mas jamais a vontade de tê-lo. Janete essa hora já mora mais distante, por conta da displicência de Jeniso em negar-lhe a aliança de noivado. Ofereceu-se noiva, caso ele quisesse usufruir-lhe os murmúrios do amor, mas Jeniso a achou careta, agora chora. Coisas da moça criada atemporal, no sertão da tia Orizimba.
Logo o achou curioso o moço da cidade, mas também indiscreto, como se houvesse algum curioso discreto. E estavam nos últimos dias das férias dele quando começou a paixão. Moderada nos gestos, impossível nas ações. Exceto se... Mas você sabe, ele não quis noivar. Cheio de falas. Chamava Janete de sua Uma Thurman, e ela até seria se Uma Thurman tivesse sido educada amassando pão, tratando das galinhas e moendo farinha. Foi o mote. Do nome ela já não gostou: não era umazinha qualquer, era Janete! E o moço até seria bom, se ao invés de viver rindo das coisas sérias e falando esquisitices comprasse uma aliança.

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