terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Apropriado era

Apropriado era. Reunia todas as condições para dar certo. Escute bem: tinha um motor, refeito e com garantias. Nas laterais, sim, havia pequenos amassados, mas por aquele preço! Os pneus, recauchutados em empresa idônea, mal davam sinal de ressecados. Pneulama nova! Contou-me o vendedor que aquele risco no pára-brisa não era um trinco. Era, digamos, um começo de fenda, que somente anos mais tarde haveria de me solicitar uma troca.
Não importei com as pequenas marcas de brasas de cigarro nos bancos. Também fumo, e sei que isso acontece, o que não desqualifica em nada o veículo na sua essência. É pura firula estética. Não, o vidro do carona não abria, mas isso só era ruim no calor, quando dava um pouco de falta de ar no passageiro. É bobagem, eu sei, mas o rádio parou sintonizado numa única emissora... crente. Agora o que eu não sabia mesmo era que o freio era colado. Que falhava de vez em quando. Isso foi sacanagem... da grossa! O senhor vê, se eu conseguisse parar não teria amassado tanto assim o seu carro zerinho, zerinho...

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