terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Gorjeou o azulão

Gorjeou o azulão, acendeu o Sol, pingou o orvalho lá no último galho do pinheiro do brejo. Era sem dúvida o dia, que começava na história. Com pressa e moreno, arreio e voz alta, sem antever ou pouco se lixando para sua participação, o personagem montou no cavalo baio, amulatado. Houve laço, queda e sangue pisado no chão poeirento daquela data, gravada no enredo por uma morte acidental, sobre a qual pairavam dúvidas quanto à acidentalidade. Seria o clímax, se não houvesse desfecho. E ele veio... costurando palavras que lhe pudessem dar significado. Turco, o peão audacioso, o mandão mesmo sem ordens, o másculo essencial, encontrara Arlindo antes do posfácio. Não havia perfil psicológico dos dois, então foi criado. E eles se odiavam... Brigas lá por terra, por poder, pelo amor de Joana, porque não se gostavam e pronto. Só que Arlindo cruzou com Turco em cavalos rentes na estrada estreita. Teria lhe dado um soco, um safanão ou topada de má fé. A narrativa é falha nesse instante de vida ou morte.

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