sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Não sei levar

Não sei levar adiante as canções perdidas nas latas vazias de pêssegos em calda. Simulacro oco de doces lembranças, arremedando microfone de emissoras, vozes no eco e paixões metálicas. Pior dizendo a mim mesmo, desafino no sonho de rato em seu dia de rei. O meio à mão e a voz que tosse notas a ouvi-las harmônicas. Logo notas.
Pena, vovô vigor que você não veio. Muda vovó reza, que lá da inhaca salvava rainhas. Brinquedo quebrado ao brado de mau menino. Xixi na cama malcriado amálgama à pele morena do Sol de dia inteiro. Não brinco mais disso...

Um comentário:

  1. Alaor,

    Acho que a grande comunicabilidade que a obra literária, de qualidade como a sua, pode estabelecer é quando ela tem esse caráter dialético, quando é contradição, e isso, com certeza não é novidade para você. O que eu quero dizer é que, apesar de tão particular, seu texto é universal. É humano e não é estranho.

    Valeu, belo texto.

    Abraço.

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