sábado, 1 de agosto de 2009

A grama verde

A grama verde guarda a umidade da manhã. Roberta fez o pé, mas pisa espesso. Paradoxo do fino, na verdade do grosso. Belo que amassa as folhas, limpo que lambuza o sujo. Nem ai, para a friagem de estio.
Uma dessas solidões nas quais a alma brada para o universo como gato no cio. O riso ficou na sala. Jurandir, no etéreo. Seu rosto se modifica com os pensamentos. Um estado novo, que ainda não preserva, nem tem memória. Sente o excesso. Som melodioso fazendo trilhos e trilhas às pequenas felicidades e infelicidades da vida, juntos, como arquivos de um mesmo disco.
Os sonhos futuros que pousaram no mesmo galho, há anos, levantam vôo, juntos em tempo, mas cada qual para seu destino. Juntos, como adjetivos e advérbios, redundantes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário