terça-feira, 25 de agosto de 2009

Experimentos cheios

Experimentos cheios dos vazios da língua me enchem o cérebro de fome. Baba Beckett, espirra Joyce, e saúde. Muita saúde e nenhuma saúva, o mundo de males é. Violentação. Para a noite não há palavras, escuras, só de manhã se pode lê-las. “É natural que as coisas não sejam tão claras durante a noite, não é mesmo?”. Experimentação. A falha entre a forma e o conceito. Freqüentou e disse. Se o entrecho é animal, nomes de bichos se imbricam nos vocábulos. Fluvial, caudalosos rios. Mineral, minas pedras. Fala sem rumo, pelos pêlos e pelos cotovelos. Sem fim.
A perturbação pela abundância é coisa para luta de classes. Marx, dito assim, é Freud. Daqui, Dali cessa a tinta. Troca a si pelo real: o farfalhar de tic-tacs, do seu relógio torto, pela palavra do fio de bigode.
Intertextual é o coice, desfechado pela pata burra dessa descarga elétrica que sai das teclas.

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