Borracho ao cubo, Pedrão da Turca arriscou palpite seco, no jogo de porrinha: “Guê gui ô acho qui cê tem nasmão? Dôi pau!”. Havia três. Dois com ele próprio, e o outro com Jura, o dono da birosca. “Guero zogá outra, zeu zagana!”. Jura achou melhor não. Os hábitos agressivos de Pedrão logo acenderiam labaredas imaginárias naquela inocente diversão. “E aê, ô Jura? Bor guê zê tá gom zua vida ganha num qué arriscá, bra bagá a bartida? Sabendo que a conversa de bêbado começa com palavras soltas e, como na vida, quanto mais palavras usadas tanto pior o caráter de seu conteúdo, Jura se esquivava, dócil, mas firme.
Pedro da Turca cambaleou ao velho fusca e apanhou, trôpego, o 38. Voltou não menos mal, e o apontou para Jura. Sem relutar, soltou o estampido, que para a sorte do comerciante lançou o projétil na parede do alto, próximo à imagem de Nossa Senhora Aparecida. Vamos apostar quantas balas você ainda tem aí, Pedrão? O zonzo topou: “zinco!”. Quatro, disse Jura. Pedrão abriu o tambor da arma para contar e já tomou um safanão forte. Deitou ao chão o revólver, o corpo mole e a empáfia. “Eu vigo bazado ca tua valta de esbírito esbortivo, Jura. Zê berdeu, ô mané!”.
Pedro da Turca cambaleou ao velho fusca e apanhou, trôpego, o 38. Voltou não menos mal, e o apontou para Jura. Sem relutar, soltou o estampido, que para a sorte do comerciante lançou o projétil na parede do alto, próximo à imagem de Nossa Senhora Aparecida. Vamos apostar quantas balas você ainda tem aí, Pedrão? O zonzo topou: “zinco!”. Quatro, disse Jura. Pedrão abriu o tambor da arma para contar e já tomou um safanão forte. Deitou ao chão o revólver, o corpo mole e a empáfia. “Eu vigo bazado ca tua valta de esbírito esbortivo, Jura. Zê berdeu, ô mané!”.
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