Para onde vai o Joãozinho? Arrumadinho, ansioso, apressado, passa sempre com suas botas e bengala em movimento, como se a vida fosse um constante interlúdio. Terno, como o ar de noite enluarada, mexe a cartola e a gravata borboleta em balanços tão sutis que não os vejo. Mas, quando os enxergo, a garrafa onde se instala, com o apelido de Johnnie Walker, também parece cheia de alma.
O gesto de quem está pronto antes da hora, mas não para de andar, faz de Joãozinho, um alheio do mundo, o sujeito mais empedernido de uma mesa de bar. Um fingimento asceticamente imóvel, de caráter provisoriamente definitivo. Mesmo lá, seguindo seu rumo desconhecido, parece me ignorar como potencial companhia de seu percurso, mas sempre acaba levando-me para outros mundos. Começo por persegui-lo nos pormenores, entornos e vielas, com a agilidade de um atleta olímpico, em quem não se deve perceber o esforço despendido. E quando perco o rumo, e já não o acompanho, sem saber se é manhã ou noite, Joãozinho e o seu casco seguem para um lixo reciclável. Eu, feliz, deito-me na cama, pouco me lixando para o rumo de Joãozinho.
O gesto de quem está pronto antes da hora, mas não para de andar, faz de Joãozinho, um alheio do mundo, o sujeito mais empedernido de uma mesa de bar. Um fingimento asceticamente imóvel, de caráter provisoriamente definitivo. Mesmo lá, seguindo seu rumo desconhecido, parece me ignorar como potencial companhia de seu percurso, mas sempre acaba levando-me para outros mundos. Começo por persegui-lo nos pormenores, entornos e vielas, com a agilidade de um atleta olímpico, em quem não se deve perceber o esforço despendido. E quando perco o rumo, e já não o acompanho, sem saber se é manhã ou noite, Joãozinho e o seu casco seguem para um lixo reciclável. Eu, feliz, deito-me na cama, pouco me lixando para o rumo de Joãozinho.
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