quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Ligar, ele jura

Ligar, ele jura que ligou. Tentou desfazer aquela tragédia anunciada da maneira mais rápida possível. Nada. Ela não estava para atendê-lo. Por e-mail, explicou os seus motivos mais íntimos, sem se esquecer dos detalhes da noite em que a viu apostando com as amigas. Seria ele o troféu da aposta? Ainda teve a humildade de perguntar. De novo, coisa alguma. Não teria aberto a caixa de mensagens? Pouco provável. Ela não quis, mesmo, foi se manifestar.
Partiu decidido a dar um fim naquilo de modo exemplar: pessoalmente, com o dedo em riste àquela cara de sonsa, com seus dois olhões verdes. Bater a porta, assim, na cara do coitado, por pura maldade e arrogância, é que ela não deveria ter batido. Vitão, o amigo dele, foi camarada: “emprestar, eu empresto”, disse, passando-lhe o revólver 38 novinho, brilhante. “Mas veja lá o que você fazer com ele”, aconselhou. O resto da história você já conhece...

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