terça-feira, 17 de agosto de 2010

Do jeito

Do jeito que Balzac gostava, Eleonor levou sua lolita às compras. Segredinhos aos centímetros, truques falantes para perguntas que porventura não quisessem se calar, gazelas ipodiadas com Amy Winehouse dos pés às orelhas. Onde há amor tem que haver ridículos, filhinha. Dava dicas à little mocra sobre possíveis golpes no papai e mensalinhos religiosos dos titios. Pisando Paris imaginária deu-lhe cheiros e brilhos, para terraços e viagens. Nada de hotelzinho barato em Visconde de Mauá, não, meu amorzinho. Deixa o velho achando que amanhã vai ser outro dia apesar de você e dê ao DJ. Sem vínculos, minha pitchula. Então suba na arrogância desnecessária, ofenda-se pelas insignificâncias e pronto! Virou rainha! Agora me dê licença que a mamy aqui vai ao banheiro. Quem sabe não rola um desprezo por alguma pobre lavando a mão na pia?

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