quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Bulir com Buda

Bulir com Buda não é a maneira mais cristã de aproximar de se aproximar da fé. Oriana disse imperativa a Tito. Ele, com ignóbeis pensamentos voltados ao imaginário templo Zen, no nordeste indiano, que lhe ficara na memória, como resto de algum filme entre os tantos que assistiu de kung-fu, professava-se cristão avivado. Ela, como uma criança brincando com estrelas, ardia-se pelos temas esotéricos, astrológicos e, é claro, tudo o que vinha da Ásia oriental. A paixão se deu na livraria quando, num clássico desajeito da traição, encostaram suas respectivas costas enquanto folheavam livros distintos, na seção de religião. Dali, para o café, de lá à praça. Depois, como quem acaba de ganhar um hamster em forma de mulher, ele a pediu em namoro. Ela, sentindo-se destampar um caldeirão de carmas, disse que sim. Viviam muito bem e amantes quando conversavam sobre política, esporte ou artes... todas elas.

Um comentário: