domingo, 14 de novembro de 2010

Elo do escândalo


Elo do escândalo e erguerei estátuas aos envolvidos! Não serei porrete na mão de cego, se não posso ser báculo pontifício. Às favas com o fedor das vítimas! Tenho a alma pincelada de pechas alheias, e já chega! Na hora de mandar matar fui voto vencido, agora querem eleger-me? Ziguezagues não alisarão meu ego. Tenho créditos a zelar e uma importância histórica na condução dos destinos dessa conceituada empresa. Tenho um país secreto no cérebro e decisões tomadas, no cofre. Aqui, não, sujo de sangue e ingratidão, não! A freira morreu porque quis; foi avisada da perversão circense dos senhores todos. Os outros mortos também sabiam. Não existe exegese para a nossa conversa mansa, os senhores sabem, são cultos. Freqüentam arte e lêem clássicos. Só sairei dessa empreiteira em silêncio se a pasta vencedora da licitação estiver aqui ó, sob meu braço forte. Caso contrário, amigos sócios, feitiço só pega se for bem feito! Tenho dito.
(Rio de Janeiro - RJ)

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