quarta-feira, 20 de abril de 2011

Vou carecendo

Vou carecendo, mas pouco... Tirito uns dentes daqui, finjo de árbitro acolá, ensino ceticismos de lá. Quando me dão bom dia, respondo. Pouco importa o que eu estou achando do dia, são modos. Blasfemo, mas não conto. A raridade corriqueira é uma alegria ou outra, às vezes umas vitórias, outras umas fugas. Nunca perco. Tem isso de dúbio! O importante é a gente achar, não precisa avalanches de razão. Engodar pra não engordar de rancores; sempre falei que a chave era essa. Têm loucos que dão tom pra morte, eu vivo. Confundo, disfarço, desfaço se preciso. Bifurco, pré-testo a pretexto de nada, brinco de embrulhar palavras pra não ter que amargar lidas inválidas. Eu, eim? Galo não pensa, mas cacareja. Quando há álibi, subo nele e de lá não desmonto, até a amargura não chegar às lhufas. Falam de lustro, vergonha e essas coisas da cara, a minha é assim: açucarada, em compota. Nunca sofri da bola, nem de diabetes.

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