domingo, 17 de abril de 2011

Lá, Sílvia

Lá, Sílvia fazia do vermelho a cor predileta de suas peças íntimas. Aqui, seus nempensares dissimulavam uma mulher casta e correta. Lá, Sílvia fez show de strip sobre a mesa, dizem até que ficou totalmente nua. Aqui, dá dó. Tem a timidez das cadeiras, que aguardam em silêncio todos sentarem-se. Lá, Sílvia até misturou vodka com vermute, tabaco e outros bichos enlouquecedores. Aqui, abstinência. Sóbria, feito médica acupunturista e homeopática. Lá, Sílvia finca-se nos caros pálidos, rubros e suados também, porque tanto faz. Aqui, arisca aos toques. Que não lhe relem os reles rapazes repletos de intenções puras. Lascívia, ouvi dizer que isso se chama, e acho bem feito pra mim. Vejo Sílvia como santa. Aquiescência parece-me que é nunca sair mesmo desse lugar. Aqui.

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