sábado, 2 de abril de 2011

A alma exercita

“A alma exercita essas caixas de primeiros socorros cheias de colódio e gazes antes que o sangue saia das feridas”. Por mim pode fazer aquilo que achar melhor. Há uma faca afiada na gaveta e um celular aí sobre a mesa. Tivesse agido diferente, antes, e agora essa decisão poderia ser outra. Não é castigo, nem nada. Quando lhe propus sinceridade incluía algo parecido, assim, com os dez mandamentos. Você subestimou Moisés, mas ele sabia abrir o Mar Vermelho e você mal consegue pagar as contas essenciais do final do mês. Cansei das inúteis concessões, dos tédios embalados para presente. Esse siri vivo que transita a patas largas no meu estômago, vou extirpá-lo agora. De dentro para fora. Você não deveria ser voluntária do CVV, o mundo perdeu uma grande arquiteta, ou uma assassina. É tarde, tchau.

Nenhum comentário:

Postar um comentário