terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Nunca duvide

Nunca duvide. A carapuça cabe com folga em sua cabeça sonsa. Abelarda abaterá sua empáfia a tapas e é ponto pacífico. Abelinda falava assim ao sobrinho, que depois de rico queria desfazer aos berros as pedras em seu caminho. Desperto em acessos contra todos os contrários; já quase um trintão ficou fértil em fantasmas. Virou besta cênica àqueles que lhe indicavam isso ao invés daquilo. Cheio de gestos aos estalos. Ódios distraídos. Era um barril de paradoxos com pavio sempre aceso às margens de circunstâncias. Deu-se mal com mãe, como previra a tia, quando se recusou ao xarope de folha de guaco para a tosse seca que nunca expelia. Foram tabefes múltiplos, até que desse sinal de vida honrada. Estalos que lhe atingiam a riqueza súbita obtida no ramo de carros usados. Chegou a franzir o cérebro, com dúvidas malandras. E jamais se curou da esperteza fácil, mas sarou da tosse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário