sábado, 22 de janeiro de 2011

Aí, seguinte

Aí, seguinte! Espero que você não vá amarelar outra vez na hora que tiver que contar, entendeu? É como se diz, se você não falar mal dele, de quem vai falar? Olha pro beiço, Beatriz. Sente o inchadão do murro. Se faltar coragem, baixe as calças. Claro que não precisa ser daquele jeito todo me chupa que você às vezes tem. Não é mico, não. Mostre a cicatriz nas coxas. A centopéia enorme que te custou uns cinqüenta pontos no postinho da vila. Pensa que isso não te faz feliz. Fecha os olhos, Beatriz. Putz, rimou. Sacanagem. Não, não. Fecha os olhos e pensa na raiva de depois da briga. Aí, Beatriz, pelo amor de Deus, abra a boca e fale. Fale, Beatriz. Conta da promessa, da vizinha a toa, do primo bandido, do bafão no trabalho, e, se eu fosse você, até da parada em que pôs de laranja eu contava. Vê se não dá uma tonta, eim Beatriz? Depois não vai dizer que eu não avisei...

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