quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Não, nunca

Não, nunca fiz isso! Dizer que fechava os olhos, fazia vistas grossas, é leviandade de sua pessoa. Você, sim, comeu e deve ter passado mal. Serviu-se aos pedacinhos, bem sei. Agora, quer estarrecer a opinião pública. Olhares curiosos cercam meus passos, vendem ingressos superfaturados para os shows no canto da sala nos quais estarei, pesquisam minha vida melhor do que a cura do câncer. Tudo bem, os intervalos coincidiram, a natureza não desmentiu e até o símbolo que sempre carreguei comigo, desde criança, parece quer dizer que fui eu mesmo: anjo barroco com cara diabólica. Sai da sessão por absoluta precisão... essas coisas, da natureza humana. Mas, imagine, se o motivo foi tão fisiológico, como pode dizer que comi todas aquelas coxinhas da festa?


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