sexta-feira, 17 de junho de 2011

Dos dobrados

Dos dobrados mal sabia a pausa. Pela harmonia seguia meio assim, num balanço de corpo que imaginava, talvez, o ritmo certo; talvez a pertinência com aquilo que pensava ouvir. Sua coreografia cega e surda, porém, revelava uma paixão sem eixo pelos uniformes e sons da banda militar. Seria um lanterninha de cinema a caráter, no entanto, se fora do contexto do desfile cívico. Um macaquinho de chapéu e colete a tirar a sorte dos interessados na vidência dos realejos. Famoso pela maluquice paralela, tirava dos olhares do público a atenção da cena principal. Na queda, ninguém imaginou infarto ou súbita passagem para a outra vida. Logo lhe tiraram da vista, pensando tratar-se de mais um descompasso.

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