sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Preguiçosa que só

Preguiçosa que só vendo! Extinguiram-se leis, baleias e cresceram matos onde havia jardins. Ela, lá. Presente de silêncios em lugares ausentes. Problema quântico ou de alguma matemática relapsa, lúdica hermenêutica das onomatopéias roncadoras. “Ih, não vai dar!”. Assim, esfacelada num sofá de brim puído no assento pelas tantas horas inertes de sua bunda ali. Um ar rarefeito de vontades, surdo de gestos, em busca dos ócios de todos os ofícios, intervalos de todas as lições, pausas aos plays da existência. Parou para pensar e gostou. Mais: amou. Mas nem tanto ao cérebro aquilo que pertence à contemplação, nem à jornada o que cabe às férias. Tempos incertos exigem certo tato e casacas viradas, pensava, mas não muito, entre uma espreguiçada e um bocejo. Amanhã, quem sabe, ela dará conta do recado.



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