segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Bondade

Bondade de me acompanhar? Imagine! Sou raça de andorinhas migratórias, eco sem oco de ressonância, fato até já afastado. Não se trata de impedimento ou troça, é coisa da razão mesmo. Pra quê? Atingir-me no tecido da membrana cerebral, desfazer-me em pedacinhos mais sólidos ou esgueirar-me de males, você não conseguirá. Nem é por mim, é meu jeito. O planeta que habito é desabitado. Depois tem o seu tempo, diferente do meu. Não chamo tudo pelo nome, e perdem-se horas para se descobrir do que se trata. Tem mais: fico secreto! E esse detalhe eu não conto. Se eu tivesse dado margem: o senhor recua em alguma coisa? Precisa de sonhos? Vá lá. Os incomodados que se uivem, a máxima proximidade que lhe abri foi de levar meu nome para a lista dos precipitados. Então me desculpe, porque não era essa a intenção.

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