segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Ruína

Ruína, daquelas de lascar, Adélio não amargou. Sofreu cãibras de fome dosada, atrasou o aluguel da bicicleta, varreu migalhas para juntar montinhos de vida. E foi pisando... Servente rala-pescoço, ajudante de coveiro, auxiliar de lixeiro. Pior, disse Nélinha, foi a falta de carapuça que servisse ao tomé que deu no Nelson. Inútil se desculpar, que criado a feijão preto quase podre, que voou por terra ou foi enterrado no ar. Esquisitices adelianas, ela falou, com ar professoral. Um gigantesco monstro é o que ele é, sentenciou. Nelson não tinha mais que aquele mínimo pra passar o mês, e Adélio bem sabia. Acha? Tomar breakfast no hotel? Bréque-féste?

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